quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Uma carta em desespero por J. Kelav.

"Querida Carole,
Eu nesse momento venho de novo entregar-te toda a minha amargura verbalizada, pois já não sei onde pouso pensamentos tão densos e cansados. E a verdade é que, apenas voce, minha amiga, vem segurando a minha mão. Ainda é tão pequeno o gesto, e tão raro,já que sempre faço questão de mostrar-lhe os dentes e para todos esses ao nosso redor, um semblante de felicidade aventureira. Mero engano. Mas acredito conseguir enganá-lo, ele o amor perdido entre as sombras. Acredite que ele desedenha do fato de eu estar rastejando, como se eu jamais tivesse sentimentos para isso...como se eu fosse inferior a tudo que jamais conseguiria sofrer de verdade. Me magoou, novamente. Sou tão fraca, que após a traição, após o golpe bem aplicado nas costas, ainda me falta vergonha e orgulho para seguir em frente e e me contentar com as efemeridades de outros que me devotam flores e poesias. Não, eu não consigo olhar para ninguém como olho pra ele. Ainda que cada vez que eu o vejo,enxergo mentira, hipocrisia, falsa moral, falso romantismo e um oportunismo danado de preenchimento da única coisa que lhe importa: O próprio Ego. Ainda assim, não consigo arrancar as correntes que me ferem tanto e que me prendem a cada lembrança dele que acalenta e essencializa a alma que vos fala. É triste? Sim, pois me parece que eu jamais conseguirei sentir nada além disso...e tudo me parece mera distração barata e desejo doentio de fortalecer a vaidade e esfregar na cara daquele que não me confiou e me deixou tão só,que posso substituí-lo. Ilusão. Fica um buraco enorme e todos os dias quando acordo, aposto que as lágrimas encheriam bem o cálice com o qual ele lava o seu rosto ao acordar.
Talvez seja doentio, mas o que quero lhe dizer é que...sinto vontade de adormecer e não acordar mais. Ou simplesmente me entregar ao efemero, ou simplesmente desligar-me por completo dessa idéia de amor. Ou nada. Na verdade eusó queria que ele me salvasse. Mas ele nem é mais aquele quem eu conheci. E talvez já não fosse desde a época que me abandonou. Mas eu insisiti, acreditei, e vivi tudo novamente. Agora eu já não sei o que faço que não seja chorar e lamentar por todas essas lembranças que me adoecem.
Minha cara amiga, eu preciso que continues segurando a minha mão, e me faça rir todas as vezes que eu ousar pensar em abandonar essa vida, aliás, como voce mesma disse, ele está vivendo...e jamais morreria por mim. E eu, preciso aprender a viver ainda que com este vazio eterno.
Voce não sabe o pior, encontrei-o no mercado ontem, e ele estava já com outra...e cada dia é uma. Cada dia um entretenimento diferente que ele pode usar na hora que bem quiser e finalmente posso ver o quanto sou insgnificante. Lhe pergunto agora porque estou aqui rastejando, me humilhando com palavras saudosas e ciumentas enquanto tudo que Josh sabe fazer é satirizar e ignorar a minha dor.
Por favor, me ensine a sorrir da minha própria miséria, querida amiga. A sua garagalhada me inspira a esquecer tudo que pesa.
Com um pouco de azedume e uma leve preocupação com o ridículo,
Likka"

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Para o Infinito (Patrícia Polayne)

(Essa música diz tanto de mim nesse instante...)

Voa, moça!
Corre ou fica?
Em nenhum lugar está o mar...

Tudo multiplica o verso
Sinta o tempo que já está por vir,
No fim, vai em nós
Para o infinito...
Para o infinito...

Se essa moça brinca, a vida passa
E não tem mais como voltar
E, se ela fosse séria,
A vida amargaria
Então, como seria,
A moça que quer se salvar?

Nada vai dividir dor nenhuma
Sinta o peso quando for cair
Em si...

Tudo multiplica o verso
Sinta o tempo que já está por vir,
No fim, vai em nós,
Para o infinito...
Para o infinito...

É hora de partir!
É hora de deixar de lado,
O medo desse pensamento voar...

De volta.

Tem dias que a gente deseja que as palavras saltem da boca, corram pra longe, se afundem em águas agitadas e, finalmente se afoguem e adormeçam pra sempre.
Eu nem consigo mais escrever, como antes...mas todo dia tenho vontade de falar, tanta coisa...e desses tantos pouco é o que consigo dizer aqui. Mas esse pouco já alivia o caos expressivo da mente. E nesses dias em que há tanto pra dizer em tanto silencio...tudo que eu preciso é desse baú abandonado de palavras soltas.


2012 é um novo ciclo...e eu prometo não voltar muito atrás. Só isso por enquanto.