quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Two door cinema club- What you know




In a few weeks
I will get time
To realise it's right before my eyes
And I can take it if it's what I want to do

I am leaving
This is starting to feel like
It's right before my eyes
And I can taste it
It's my sweet beginning

And I can tell just what you want
You don't want to be alone
You don't want to be alone
And I can't say it's what you know
But you've known it the whole time
Yeah, you've known it the whole time

Maybe next year
I'll have no time
To think about the questions to address
Am I the one to try to stop the fire?

I wouldn't test you
I'm not the best you could have attained
Why try anything?
I will get there
Just remember I know

And I can tell just what you want
You don't want to be alone
You don't want to be alone
And I can't say it's what you know
But you've known it the whole time[...]

POr nada mesmo, só porque essa letra diz muito em tão pouco e eu adoro essa musiquinha =)
Yeah, you've known it the whole time

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

7(.)


Acho que hoje eu sei, o que é desapegar...
é não esperar nada no outro dia?
Não, não é...
é na verdade esperar tudo. Agarrar-se a cada segundo que se vive, sorridente,
simplesmente 'sentindo tudo' naquele exato momento,
porque é aquele momento que importa.
Você pode morrer no dia que ainda virá.
Em menos de uma semana tanta coisa pode acontecer e nem eu, nem você, seremos os mesmos.
Ah, eu demorei a entender que isso não me faria sentir menos,gostar menos, amar menos.
Mesmo quando eu decidi desacorrentar-me,
mesmo quando eu decidi ser livre, deixar livre,
apenas sentir,
eu ainda não sabia me dizer o que era desapegar.
O que vai além do libertar-se, o que vai além do libertar...
Eu estava nesse mesmo lugar quando te enxerguei escrevendo ali do outro lado e decidi usar-te,
ferramenta minha de desvínculo (num vínculo embalsamado),
e então eu simplesmente desejei jogar todo o meu rancor, e todas as minhas justificativas
para ser estupidamente egoísta.
No final de tudo, colou e descolou.
Colou que eu simplesmente me vi de novo 'enlaçada' num sentir,
um sentir que não desaparece,
fica,
perdura,
amadurece,
vive cada dia como o último.
Descolou quando eu me vi, assim,
 tão confortável em apenas crer
que cada dia é um,
e que eu espero qualquer coisa de você, sem magóa,
(ainda que eu tenha certeza de que eu vá chorar,afinal ninguém perde a arrogância do dia para a noite)
Um abraço, um adeus, uma despedida,
que seja, qualquer coisa, você também deve esperar o mesmo de mim.
Descolou o frágil suporte prepotente do egoísmo,
descolou porque hoje,
cada dia que se passa basta
cada dia é como se fosse um adeus, o último,
cada dia é como se eu me despedisse de você,
cada dia é como o dia anterior aquele em que decidimos nos ferir,
a diferença é que eu estou preparada,
pra ferir e pra ser ferida,
pra sentir, e pra dar as costas,
dando a cara pra bater,
a cada dia que eu acredito em você.
E o meu desapegar, me faz querer impulsivamente muito mais,
mais de hoje, mais de amanhã, mais de mim, mais de tudo,
ainda que eu não possa agarrar tudo com duas mãos,
me faz querer sentir tudo isso
e ter certeza de que,
não importa o que vai vir no outro dia,
eu SINTO de fato muito além do que podia imaginar,
e fui sentida muito além do que podia acreditar.
E entre ventos, encruzilhadas, e personagens fabulosos de um baralho ilustrado,
eu tenho sentido veemente em mim,
que não há distancia que me faça longe do que sinto,
nem do que sentes,
nem se houver quilômetros a nos afastar,
não há tempo ruim, enquanto sentir aí,
enquanto sentir aqui.
É  ausência que dói, é ausência que mata.
E desde que você prometeu me encher de presença,
onde quer que estejamos,
eu tenho esperado tranquilamente cada ligação, cada pequena mensagem de bobagens diárias,
e cada meia noite pra lhe desejar "Boa Noite" e mais um outro dia que chega.


[Pra não dizer que não respondo suas mensagens, e que é chatice pensar isso. Chata sou eu, certo?]

terça-feira, 23 de agosto de 2011

6(.)

O cachorro-totem e seu dono que o protege.

As vezes acontece da agonia me consumir e eu não saber exatamente como fazer, sem saber realmente o que significa tanta confusão rancorosa dentro de mim mesma,
e salto em gritos como um bicho enfurecido, pronto pra atacar mortalmente a sua presa,
consigo ver o sangue entre meus dentes cada vez que perfuro aquela carne...
e logo depois que a estraçalho, então eu volto a ser indefesa.
Indefesa não! Fera enlouquecida...mas que subitamente volta a ser o pequeno animal doméstico precisado de conforto, luz e atenção.
Como uma pequenina planta que precisa fotossintetizar, eu preciso tanto daquela luz,
Ela é minha também...
Logo depois de ser animal feroz, eu volto a ser o cãozinho indefeso,
vou e volto com meu amigo-dono, fico ao redor dele...com aquela sensação heróica de protege-lo mesmo que eu seja tão pequeno...
Olho nos seus olhos e vejo toda a ternura e paciencia que ele me devota,
penso que me olha assim, por ter se arrependido um dia de ter me posto na rua e me deixado no escuro quando eu ainda era filhote...
Mas não, talvez ele nem tenha se dado conta daquela vez que me abandonou, ele estava cego,
cego e dilacerado por si mesmo, sem saber qual caminho seguiria dali pra frente,
pra condená-lo a pior dor,
 eu, seu minusculo cãozinho lhe perfurara a perna sem dó e sem compaixão simplesmente por ter ficado semanas sem comida,
quando meu querido dono estava em desatino de dor ferindo-lhe o cérebro,
eis então que ele pensou:
"Meu pequeno cão nem me suporta mais.
Vou deixá-lo seguir na escuridão."
E então fiquei ali,de mente rasgada na escuridão de um lamaçal sangrento.
Mas mesmo assim não sei qual versão da prosa é mais certa.
Sei da minha dor e sei da dor do meu dono.
E algumas vezes a doença me consome novamente...a raiva.
Vou e lhe ataco com todas as minhas forças, e logo depois de ver o seu sangue correr
sou eu mesmo que estou lá, lambendo-lhe as feridas,
suplicando para que aquele olhar não mude,
e para que ele jamais esqueça, que eu sou muito além do animal doméstico que qualquer um pode ver quando meu belo dono passeia comigo.
Sou o único que pode lhe protejer de todo o desagrado da sua existencia miserável,
aliás somos dois cachorros, limpidos , belos, é claro,
mas miseráveis e solitários...
e eu sempre quero ser o seu Totem.
Ainda assim, não sei até quando vamos resistir um a doença do outro.



domingo, 21 de agosto de 2011

5 (.)



If I could tear you from the ceiling
And guarantee a source divine
Rid you of possessions fleeting
Remain your funny valentine

Don't go and leave me
And please don't drive me blind
Don't go and leave me
And please don't drive me blind

If I could tear you from the ceiling
I know best have tried
I'd fill your every breath with meaning
And find a place we both could hide

Don't go and leave me
And please don't drive me blind
Don't go and leave me
And please don't drive me blind
You don't believe me
But you do this every time
Please don't drive me blind
Please don't drive me blind

I know you're broken
I know you're broken
I know you're broken

If I could tear you from the ceiling
I'd freeze us both in time
And find a brand new way of seeing
Your eyes forever glued to mine

Don't go and leave me
And please don't drive me blind
Don't go and leave me
And please don't drive me blind

And please don't drive me blind
And please don't drive me blind
And please don't drive me blind
And please don't drive me blind

I know you're broken
I know you're broken
I know you're broken

Placebo- Blind.

{HOJE, SEMPRE. Cheiha de mim essa letra]

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

(4) .

"IRA"
Pior do que não conseguir escrever, pra mim ,é não conseguir chorar.
O pior de mim mesma vem quando eu não consigo vomitar a dor em choro,
mas quando apenas dói, é mais fácil chorar.
Chorar, calar e adormecer logo então.

O que rasga em pedaços, em mim, não é o desespero.
É  sim,a raiva.
Raiva. Frustração. Acidez. Pequenos Lapsos de ódio indo e vindo parecem o momento em que um viciado em heroína permanece sem a droga.
Aparentemente interminável,indizível,esquizofrenico,enlouquecedor.

Não consigo chorar,nem gritar,nem adormecer.
Sou apenas tremor, de ponta a cabeça,sibilando rancor
como um serpente sem o gosto da presa.
É destrutível,destruidor, o pequeno momento em que sinto em mim apenas raiva,
Ira...
Sem tristeza, sem choro,quando eu preferia que houvesse.
Só assim talvez eu conseguisse expressar tudo,
aquilo nem mesmo as palavras conseguem,
nem numa folha inteira de riscos cegos,
nem no rasgo agressivo da mesma folha logo após.

Há como descrever a dor, quando sinto,
mesmo que somente eu entenda
Não há como descrever a Ira. Ela é cega, incompreensível,
apenas surge...corroendo....cega.
Dura segundos,ou minutos, ou algumas horas de enxaqueca
e palavras grossas sendo repelidas num soco,
um soco de contra mim mesma,
sólida como a parede que os punhos empurram
Pesa o espírito cadente, jogado na confusão de sentimentos
e ainda assim ele persiste e volta a si...
mesmo que a sensação fique lá, por algum tempo
mesmo que se corroa e caia logo após, esquecendo de (quase) tudo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

(3).

Eu queria ter a resposta exata para as coisas,
principalmente para as decisões que correm entre um extremo e outro.
Não adianta, quanto mais pensa, mais pesa a mente cansada de tentar prever os próximos passos.
Não há como escapar de chorar o passado, não há como escapar de chorar as memórias antigas que tanto corroeram
Mas entre o sorriso de hoje e a flição de amanhã, há tanto que eu ainda quero viver, e sentir...
que engolir a vida com tudo dentro, me faz pensar, que torno-me menos miserável com as indigestões...
porque a cada segundo há um gosto diferente, e se misturam, se misturam em mim, se impregnam.
Hoje eu queria saber se acertei ou não em escolher 'a' e não 'b' na prova...
Mas não sou quem vou corrigi-la, não há quem faça...
Mas sempre há tantas provas além dessa, tantas respostas e tanto que...
por mais voltas que eu possa dar respondendo certo ou errado,
indo pelo caminho mais difícil ou pelos atalhos,
os meus pés sempre vão atrás do caminho que já se abriu.

Eu espero sónão ferí-los muito, não de forma que não possa caminhar.


domingo, 14 de agosto de 2011

(2).





Quanto mais corre o tempo mais se faz dificil desacelerar o passo
acalmar, deixar as mãos correrem sobre o papel...
Tenho corrido  ainda quem em passos calmos
Tenho flutuado, de coração manso e me deixado livre aos transes dos mil sentidos...
Sentindo Tudo...como eu sempre desejei,
imersa nas sensações purificantes, energizantes, que se apoderam e me tomam como um elixir que fortalece,
cria e rompe sucessivamente raízes, pensamentos...
Ah, eu tenho voado...voado como sempre vi nos sonhos...
E também planado e acalmado as asas em abraços, em sonos , em transfusões de pensamentos.
E tenho corrido, e me rasgando, incontendo fluxos que se misturam,
chegam, saem, perduram...
e fazem de mim, cada dia, um pouco mais de mim,
um pouco menos do que já fui antes...
deixando permanecer somente, aquilo que a memória guarda como lembrança,
como momentos perpétuos.
Eu tenho vivido tanto, que os suspiros escritos tem sido raros.
Mas eu pouso, ponho meus pés em terra, e deixo os sujar de lama, pra logo após banhá-los em qualquer fonte próxima, senti-los frescos e limpos,
para voar novamente, nessa dança delirante de transes e retornos ao lano consciente.
De Razão e de profundas pertubações, ao mesmo tempo.
E nos intervalos, eu sempre desejo um café, um papel e uma caneta...
pra simplesmente guardar as emoções em palavras e jogá-las ao vento.
Pois somente a mim mesma servirão, e somente eu lembrarei delas veemente.
Mas sempre que deseja o íntimo, eu estou aqui, jogando-as.


Somente suspendendo-as no vácuo.

domingo, 5 de junho de 2011

1(.)

Toda alegria precede angústia, ou toda angústia precede alegria.
Quanto mais perto se fica, mais se sente, como se levasse um balde d'agua gelada em meio a febre...
Essa é a sensação de estar vivo, ser vivo sendo moribundo.
A Beleza que se encontra na miserabilidade, não é a mesma da divisão de solidões.


Começo isso aqui com um pensamento solto, do momento.Muito depois eu venho e escrevo qualquer bobagem que eu guardo nos rascunhos.