domingo, 14 de agosto de 2011

(2).





Quanto mais corre o tempo mais se faz dificil desacelerar o passo
acalmar, deixar as mãos correrem sobre o papel...
Tenho corrido  ainda quem em passos calmos
Tenho flutuado, de coração manso e me deixado livre aos transes dos mil sentidos...
Sentindo Tudo...como eu sempre desejei,
imersa nas sensações purificantes, energizantes, que se apoderam e me tomam como um elixir que fortalece,
cria e rompe sucessivamente raízes, pensamentos...
Ah, eu tenho voado...voado como sempre vi nos sonhos...
E também planado e acalmado as asas em abraços, em sonos , em transfusões de pensamentos.
E tenho corrido, e me rasgando, incontendo fluxos que se misturam,
chegam, saem, perduram...
e fazem de mim, cada dia, um pouco mais de mim,
um pouco menos do que já fui antes...
deixando permanecer somente, aquilo que a memória guarda como lembrança,
como momentos perpétuos.
Eu tenho vivido tanto, que os suspiros escritos tem sido raros.
Mas eu pouso, ponho meus pés em terra, e deixo os sujar de lama, pra logo após banhá-los em qualquer fonte próxima, senti-los frescos e limpos,
para voar novamente, nessa dança delirante de transes e retornos ao lano consciente.
De Razão e de profundas pertubações, ao mesmo tempo.
E nos intervalos, eu sempre desejo um café, um papel e uma caneta...
pra simplesmente guardar as emoções em palavras e jogá-las ao vento.
Pois somente a mim mesma servirão, e somente eu lembrarei delas veemente.
Mas sempre que deseja o íntimo, eu estou aqui, jogando-as.


Somente suspendendo-as no vácuo.

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